quarta-feira, 25 de março de 2009

Ecos do Passado
O livro que eu li é uma obra de Danielle Stell.
Fala de Beata, uma rapariga jovem e judia, que se apaixona por Antoine, também jovem, mas católico. Os dois tiveram que fugir para casar, pois as famílias não aceitavam o seu relacionamento, por terem religiões diferentes. Acabaram por ter duas filhas, Amadea e Daphne.
Antoine acaba por morrer anos mais tarde, na Alemanha, onde todos viviam, e Amadea vai para um convento, por vontade própria. Como era Hitler que estava no poder, todos os judeus eram expulsos do país ou pior. Beata era judia, e as suas filhas eram metade judias. Um dia foram descobertas e Beata e Daphne foram exportadas. Como Amadea estava no convento, teve tempo de fugir, mas acabou por passar cinco meses num campo de concentração. Conseguiu fugir e a partir daí tornou-se numa agente, para ajudar os judeus, e foi então que encontrou o homem que viria a tornar-se seu marido. Ela nunca chegou a saber o que aconteceu à mãe e à irmã.
Sara Gonçalves
9ºA nº21

terça-feira, 24 de março de 2009

O leão, a feiticeira e o guarda-roupa

O livro que eu li foi As crónicas de Narnia – O leão, a feiticeira e o guarda-roupa. Neste livro são narradas as aventuras dos quatro irmãos Peter, Susan, Edmund e Lucy, que fogem dos para Londres durante a Mundial, e vão morar na casa de um professor que morava no campo. Num dia de bastante chuva, vêem-se obrigadas a brincar dentro de casa, às escondidas. É com uma simples brincadeira que tudo começa, Lucy procurando um esconderijo, entra dentro de um guarda-fatos, que a vai transportar para o fantástico mundo de Narnia. Encontram dentro de um guarda-roupa uma passagem que liga nosso mundo ao mundo de Nárnia.
Eles chegam a este país que está sendo castigado por um inverno decretado pela Feiticeira Branca. Mas faz parte de uma profecia entre os narnianos que quando dois filhos de Adão e duas filhas de Eva aparecerem e se tornarem reis de Nárnia em Cair Paravel, com a ajuda do leão Aslam o governo da Feiticeira irá terminar.
Infelizmente Edmund, tentado pelas promessas da Feiticeira Branca, acaba traindo os próprios irmãos, avisando-a de que seus irmãos estão em Nárnia e que estão procurando Aslam. Como prova de amor, Aslam se oferece em troca de Edmund para ser sacrificado na Mesa de Pedra, local onde os traidores são entregues à Feiticeira para sacrifício.
Mas a morte não é capaz de vencer Aslam, que revive por ser inocente, conforme a Magia Profunda de Antes da Aurora do Tempo ordena. Então a Feiticeira agrupa seus réus para atacar o exército de Aslam, liderado agora por Peter. Aslam primeiramente vai libertar os narnianos que foram transformados em estátuas de pedra pela Feiticeira em seu castelo e então vai ajudar Peter na batalha, derrotando definitivamente a Feiticeira e seu exército.
Com a vitória, os quatro irmãos são coroados reis e rainhas de Nárnia em Cair Paravel e governam por muitos anos, iniciando a Época de Ouro. Pedro é coroado Grande Rei de Nárnia (ou Supremo Rei de Nárnia), sendo rei maior entre todos os outros reis e rainhas de Nárnia.
O reinado deles acaba quando, em uma caçada, acabam por encontrar uma passagem no Ermo do Lampião, a mesma que eles usaram para entrar em Nárnia, que acaba por leva-los de volta ao nosso mundo. Como o tempo em Nárnia e no nosso mundo são independentes, eles voltam com a mesma idade que tinham quando entraram no guarda-roupa. Ninguém ficou a saber das aventuras deles em Nárnia, a não ser o professor que os hospedou.
Os quatro irmãos ainda voltariam mais uma vez a Nárnia, conforme narrado em Príncipe Caspian.

Auto da barca do Inferno


A peça inicia-se num porto imaginário, onde se encontram as duas barcas, a Barca do Inferno, cuja tripulação é o Diabo e o seu Companheiro, e a Barca da Glória, tendo como tripulação um Anjo na proa.


Apresentam-se a julgamento as seguintes personagens:

um Fidalgo, D. Anrique;
um Onzeneiro (homem que vivia de emprestar dinheiro a juros muito elevados, um agiota);
um Sapateiro de nome Joanantão, que parece ser abastado, talvez dono de oficina;
Joane, um Parvo, tolo;
um Frade cortesão, Frei Babriel, com a sua "dama" Florença;
Brísida Vaz, uma alcoviteira (ou proxeneta);
um Judeu usurário chamado Semifará;
um Corregedor e um Procurador, altos funcionários da Justiça;
um Enforcado;
quatro Cavaleiros que morreram a combater pela fé.
Cada personagem discute com o Diabo e com o Anjo para qual das barcas entrará. No final, só os Quatro Cavaleiros e o Parvo entram na Barca da Glória (embora este último permaneça toda a acção no cais, numa espécie de Purgatório), todos os outros rumam ao Inferno. O Parvo fica no cais, o que nos transmite a ideia de que era uma pessoa bastante simples e humilde, mas que havia pecado. O principal objectivo pelo qual o fica no cais é para animar a cena e ajudar o Anjo a julgar as restantes personagens, é como que uma 2ª voz de Gil Vicente.

As personagens desta obra são divididas em dois grupos: as personagens alegóricas e as personagens – tipo. No primeiro grupo inserem-se o Anjo e o Diabo, representando respectivamente o Bem e o Mal, o Céu e o Inferno. Ao longo de toda a obra estas personagens são como que os «juízes» do julgamento das almas, tendo em conta os seus pecados e vida terrena. No segundo grupo inserem-se todas as restantes personagens do Auto. Todos mantêm as suas características terrestres, o que as individualiza visual e linguísticamente, sendo quase sempre estas características sinal de corrupção. Cada personagem representa uma classe social, ou uma determinada profissão. À medida que estas personagens vão surgindo vemos que todas trazem elementos simbólicos, que representam a sua vida terrena e demonstram que não têm qualquer arrependimento dos seus pecados. Os elementos simbólicos de cada personagem são: Fidalgo: manto e pajem que transporta uma cadeira. Estes elementos simbolizam a opressão dos mais fracos, a tirania e a presunção. Onzeneiro: bolsão. Este elemento simboliza o apego ao dinheiro, a ambição e a ganância. Sapateiro: avental e moldes. Estes elementos simbolizam a exploração interesseira, da classe burguesa comercial. Parvo: representa simbolicamente, os menos afortunados de inteligência. Frade: Moça e espada. Estes elementos representam a vida mundana do Clero, e a dissolução dos seus costumes. Alcoviteira: moças e os cofres. Estes elementos representam a exploração interesseira dos outros, para seu próprio lucro. Judeu: bode. Este elemento simboliza a religião judaica. Corregedor e Procurador: processos, vara da Justiça e livros. Estes elementos simbolizam a magistratura. Quatro Cavaleiros: cruz de Cristo simboliza a fé dos cavaleiros pela religião católica. Surgem ao longo do auto três tipos de cómico: o de carácter, o de situação e o de linguagem. O cómico de carácter é aquele que é demonstrado pela personalidade da personagem, de que é exemplo o Parvo, que devido à sua pobreza de espírito não mede as suas palavras, não podendo ser responsabilizado pelos seus erros. O cómico de situação é o criado à volta de certa situação, de que é bom exemplo a cena do Fidalgo, em que este é gozado pelo Diabo, e o seu orgulho é pisado. Por fim, o cómico de linguagem é aquele que é proferido por certa personagem, de que são bons exemplos as falas do Diabo.